A recente decisão da empresa Valsan – Valdemar dos Santos Lda. – empresa localizada na freguesia de Perosinho, Vila Nova de Gaia, ao anunciar a intenção de pedir a insolvência, coloca cerca de 200 trabalhadores na iminência do desemprego.
O receio sobre o futuro, em que vivem os trabalhadores da Valsan ao engrossarem o enorme “exército” de desempregados, é legítimo. Sabem que o seu despedimento irá agravar a crise social que afecta Vila Nova de Gaia, que contava, em Outubro de 2010, com 28120 desempregados (mais 9% do que há um ano). Crise que afecta também o distrito do Porto e, de um modo geral, toda a região Norte, região na qual o INE diz existirem mais de 260 mil desempregados, correspondendo a uma taxa de desemprego de 13,2 %, claramente acima dos 10,9% registados a nível nacional.
É incompreensível para os trabalhadores da Valsan, que uma empresa, principalmente direccionada para o mercado externo, que não têm falta de encomendas, sem dívidas ao fisco ou à Segurança Social, decida pedir a insolvência.
Considerada uma grande empresa e apoiada por fundos públicos, recebeu 25.000 euros do QREN para a formação dos seus trabalhadores e um investimento do Estado no valor na ordem dos 2,3 milhões de euros para a sua modernização. Destas verbas, os trabalhadores não receberem nenhum tipo de formação e não se aperceberam de investimentos significativos. Em nome da transparência e da solidariedade para com os trabalhadores, impõe-se obter respostas sobre como foi investido esse dinheiro.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que recebeu os trabalhadores, manifestou a disponibilidade para, em conjunto com a AICEP e o Governo, procurar uma solução para mais este problema, que se soma aos milhares de trabalhadores despedidos em empresas como a Sunviauto, a Coats e Clark, a Brax, a Yazaki Saltano, a Granit, etc.
Importa, porém, passar do mero registo de intenções, aos actos, para que não se assista a um desfecho idêntico ao das empresas referidas, em que as mesmas entidades manifestaram idêntica disponibilidade sem resultados relevantes.
Assim, a Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, reunida em sessão ordinária, no dia 29 de Novembro de 2010, delibera:
1 – Manifestar solidariedade aos trabalhadores da empresa Valsan – Valdemar Santos, Lda., pela grave situação que atravessam e apoiar todas as iniciativas que conduzam à viabilização da empresa e à manutenção dos postos de trabalho.
2 – Solicitar, através da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que diligencie junto do Governo e respectivos Ministérios sobre os motivos que levaram uma das principais empresas exportadoras a pedir a insolvência e qual o destino dado aos fundos públicos concedidos.
3 – Que a Câmara Municipal acompanhe o desenvolvimento deste caso, juntamente com os trabalhadores, o Instituto de Emprego e Formação Profissional - IEFP e a Autoridade das Condições de Trabalho - ACT, como garantia do não incumprimento das obrigações legais da empresa para com os trabalhadores.
Esta Moção, se aprovada, deverá ser remetida:
- Comissão de Trabalhadores da Valsan – Valdemar Santos, Lda.
- Governador Civil do Porto
- Ministério do Trabalho e Solidariedade Social
- Ministério da Economia
Vila Nova de Gaia, 29 de Novembro de 2010
O receio sobre o futuro, em que vivem os trabalhadores da Valsan ao engrossarem o enorme “exército” de desempregados, é legítimo. Sabem que o seu despedimento irá agravar a crise social que afecta Vila Nova de Gaia, que contava, em Outubro de 2010, com 28120 desempregados (mais 9% do que há um ano). Crise que afecta também o distrito do Porto e, de um modo geral, toda a região Norte, região na qual o INE diz existirem mais de 260 mil desempregados, correspondendo a uma taxa de desemprego de 13,2 %, claramente acima dos 10,9% registados a nível nacional.
É incompreensível para os trabalhadores da Valsan, que uma empresa, principalmente direccionada para o mercado externo, que não têm falta de encomendas, sem dívidas ao fisco ou à Segurança Social, decida pedir a insolvência.
Considerada uma grande empresa e apoiada por fundos públicos, recebeu 25.000 euros do QREN para a formação dos seus trabalhadores e um investimento do Estado no valor na ordem dos 2,3 milhões de euros para a sua modernização. Destas verbas, os trabalhadores não receberem nenhum tipo de formação e não se aperceberam de investimentos significativos. Em nome da transparência e da solidariedade para com os trabalhadores, impõe-se obter respostas sobre como foi investido esse dinheiro.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que recebeu os trabalhadores, manifestou a disponibilidade para, em conjunto com a AICEP e o Governo, procurar uma solução para mais este problema, que se soma aos milhares de trabalhadores despedidos em empresas como a Sunviauto, a Coats e Clark, a Brax, a Yazaki Saltano, a Granit, etc.
Importa, porém, passar do mero registo de intenções, aos actos, para que não se assista a um desfecho idêntico ao das empresas referidas, em que as mesmas entidades manifestaram idêntica disponibilidade sem resultados relevantes.
Assim, a Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, reunida em sessão ordinária, no dia 29 de Novembro de 2010, delibera:
1 – Manifestar solidariedade aos trabalhadores da empresa Valsan – Valdemar Santos, Lda., pela grave situação que atravessam e apoiar todas as iniciativas que conduzam à viabilização da empresa e à manutenção dos postos de trabalho.
2 – Solicitar, através da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que diligencie junto do Governo e respectivos Ministérios sobre os motivos que levaram uma das principais empresas exportadoras a pedir a insolvência e qual o destino dado aos fundos públicos concedidos.
3 – Que a Câmara Municipal acompanhe o desenvolvimento deste caso, juntamente com os trabalhadores, o Instituto de Emprego e Formação Profissional - IEFP e a Autoridade das Condições de Trabalho - ACT, como garantia do não incumprimento das obrigações legais da empresa para com os trabalhadores.
Esta Moção, se aprovada, deverá ser remetida:
- Comissão de Trabalhadores da Valsan – Valdemar Santos, Lda.
- Governador Civil do Porto
- Ministério do Trabalho e Solidariedade Social
- Ministério da Economia
Vila Nova de Gaia, 29 de Novembro de 2010
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